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A Quiet Place II: um medo chamado silêncio

Cerca de dois meses atrás, o último trailer de A Quiet Place II foi lançado. Seguindo o final do primeiro filme, a sequela/prequela mostra-nos a família de protagonistas aventurar-se no novo mundo, fora da segurança da sua antiga casa, à procura de outros sobreviventes da invasão do planeta. O trailer revela que o filme dá saltos entre o presente e o passado, os dias iniciais da invasão, e mostra personagens antigas e novas a reagirem o melhor que podem ao começo do caos.


Pelo trailer, o peso da história parece girar à volta dos dias iniciais da chegada dos alienígenas. Não há muito que é revelado sobre a história no presente, para além de cenas mais emocionais e aterrorizantes. A cinematografia também parece incrível: o longo take inicial, calmo, e a mudança abrupta na edição quando o monstro aparece, com a manutenção do uso do silêncio para reforçar a paranoia são elementos essenciais para definir e criar o horror de A Quiet Place.


Porém, há uma maior presença de diálogo. Parece ser uma crítica estranha, mas parte do charme de A Quiet Place vinha das formas não verbais de comunicação da família. A troca das palavras por gestos e ações dava uma dimensão diferente às suas interações, e um maior peso às palavras, dado o perigo de fazer qualquer barulho. Tenho receio que a introdução de mais falas, bem como a exploração da origem dos monstros que o trailer parece sugerir, possam ser prejudiciais a um filme que usava o suspense para nos aterrorizar, e não apenas jump-scares. O elemento família é essencial para o filme, e o trailer não nos mostra muito disso.


Filipe Melo

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