Muito recentemente, foi lançado o teaser trailer do novo filme da Disney: “Raya e o Último Dragão”, uma nova aposta da maior companhia do mundo de animação com uma princesa como protagonista, desta vez de origem asiática.
Pouco se sabe ainda acerca do argumento, mas tudo indica que a nova guerreira da Disney embarcará numa jornada repleta de perigos em busca do último dragão. Esta criatura mítica é muito importante para os locais onde a ação se desenrola, pois após a extinção dos dragões, o reino foi ameaçado por forças malignas e obscuras. Existem teorias que apontam que o último dragão possui a capacidade de se transformar num humano. A partir disto, é realmente difícil conjugar especulações acerca do enredo, mas quem sabe se teremos direito àqueles “plot-twists” que a Disney nos tem habituado nos últimos anos.
Nesta fase inicial não há grande substância que me permita desenvolver muitas ideias, mas há uma muito importante que foi a minha motivação para redigir esta pequena análise. Todos sabem que filmes de princesas são sucesso mundial garantido. Claro que se o tema do amor estiver presente na narrativa, é mais um ponto chave para atrair mais público. Mas creio que este novo projeto foge dessa premissa. Em vez disso, Raya é claramente uma guerreira lutadora, e vejo traços muito semelhantes a princesas antigas. Em primeiro lugar, a Disney optou por colocar mais diversidade para a franquia das princesas, isto porque Raya tem origem asiática. Uma jogada inteligente e que até foi colocada em prática há pouco tempo atrás, com a entrada de Moana para o mundo da Disney. Em segundo lugar, Raya tem capacidades equivalentes às habilidades de Mulan, ambas com um espírito de força e de superação. Por último, se a temática amorosa for colocada de lado, poderemos ter acesso a uma longa metragem dentro dos mesmos alicerces de “Brave”. No fundo, uma princesa que parece que foi construída com base em caraterísticas cirurgicamente escolhidas de princesas do passado.
A animação presente no trailer claramente preenche o olhar, e como a história irá abranger territórios esteticamente diferentes, é possível que este filme seja um ótimo petisco cinematográfico. Isto conjugado com um argumento enriquecido, “Raya e o Último Dragão” tem tudo para iniciar esta nova década com classe, mantendo obviamente um nível alto de qualidade que os estúdios da Disney já nos habituaram.
Diogo Ribeiro
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