Muitos de nós passamos horas colados ao “Cartoon Network” a ver “Tom and Jerry”, entre outras séries de grande entretenimento do canal. Mas os episódios dos eternos rivais certamente foram aqueles mais fáceis de garantir diversão máxima comparativamente a outros desenhos animados. Como é uma série com quase nenhuma fala em inglês, era muito acessível para a nossa compreensão, a não ser que alguém já dominasse a língua inglesa numa idade muito jovem. E agora a dupla tem direito a um filme que já foi anunciado há um ano, com o trailer a ser exibido muito recentemente. Claro que fiquei contente com o anúncio do filme, até pelo desafio de uma nova abordagem, porque uma coisa é construir episódios de 20 minutos, outra é implementar os mesmos alicerces desses episódios numa longa metragem com mais de uma hora e meia. Como se trata de um live action, existe também a dificuldade de utilizar uma animação em específica das personagens, em consonância com as personagens humanas.
O argumento deste filme é bastante simples, sempre com a premissa de Tom tentar apanhar Jerry. Neste caso, Jerry, de alguma maneira, instala-se num hotel, e os donos não ficam contentes com a sua presença e contratam Tom para o apanhar. No meio desta caça ao rato, ainda se juntam personagens protagonizadas por Michael Peña, Ken Jeong e Chloë Grace Moretz. Como é de esperar, aquelas perseguições frenéticas e com toques de aleatoriedade estão presentes, e devem-se alastrar a todos os momentos do filme.
Não sou capaz de afirmar que a escolha do estilo de animação seja o ideal, mas entendo a opção porque tem marcas semelhantes ao original. Provavelmente o filme tem mais a ganhar com este requinte, tendo em conta que, por exemplo, com os dois filmes do Garfield, a animação apesar de ser mais consoante com a interação humana, no final não conquistou muita gente.
No fundo, parece-me ser um filme que garantirá um bom entretenimento, mas sem ir mais além. Risadas, piadas e diversão serão as marcas do filme, mas não estou a prever que haja um fator “fora da caixa” digamos assim, pois caso contrário, seria possível sermos muito surpreendidos com um filme que supostamente iria apenas escavar caraterísticas ás quais já estamos habituados.
Diogo Ribeiro
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