top of page
Foto do escritorunderscop3

Lovecraft Country: Monstros e racismo, de mão dada


É estranho quando uma série introduz monstros horrorosos e aterrorizantes que ameaçam a vida das personagens, e fico aliviado.


Lovecraft Country já estreou dois episódios na HBO, e até agora tem sido uma exploração interessante dos temas de horror cósmico, contrastado com o racismo dos anos 60 dos Estados Unidos. Na série, Atticus “Tic” Freeman (Jonathan Majors) volta da guerra do Vietname, depois de receber uma carta do pai (Michael K. Williams) vinda de Ardham, Massachussetts, e viaja pelo norte dos Estados Unidos à procura dele, acompanhado do seu tio George (Courtney B. Vance) e a amiga de infância Leticia “Leti” Lewis (Jurnee Smollet).


O título da série tem um duplo sentido: o termo “Lovecraft Country” refere-se ao norte dos Estados Unidos, onde a maioria dos livros de H.P. Lovecraft são situados, e ao infame racismo deste mesmo autor, aludindo ao racismo dos anos 60. Logo no primeiro episódio, as personagens têm de fugir de uma cidade antes do pôr-do-sol, sobre ameaça de morte. A tensão era palpável, e genuinamente aterradora.


A nível de estética, apesar de alguns efeitos especiais malfeitos (a cobra é um exemplo bom), Lovecraft Country consegue criar um ambiente de horror bastante bom. O uso do racismo como ponto fulcral do horror cósmico capta a ideia por detrás do género de forma perfeita: é como se todo o mundo estivesse pronto a matar-te, vendo-te como se de uma mosca se tratasse. Há uma sensação de paranoia e perigo constante.

Vamos ver como o resto da temporada se desenrola. O terceiro episódio estreia na próxima segunda-feira, na HBO.


Filipe Melo

11 visualizações0 comentário

Opmerkingen


bottom of page