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Corridas do Bahrain: Acidente de Grosjean, Mick Schumacher na Haas e Vitória de Pérez


Os últimos fins de semana no Bahrain deram muito que falar no mundo da Fórmula 1. O primeiro ofereceu um trajeto de pista ao qual estamos habituados, e o segundo com um trajeto mais externo do circuito. Na primeira corrida, e logo na primeira volta, os fãs do desporto entraram certamente em pânico, pois Romain Grosjean despistou-se em consequência de toque noutro carro, e colidiu com as barreiras de proteção. O choque foi de uma brutalidade tamanha que provocou uma explosão mal o seu monolugar se partiu ao meio. O piloto francês esteve imensos segundos no meio das chamas, mas graças ao rápido auxílio dos fiscais da pista e da equipa médica, conseguiu escapar daquele inferno apenas com queimaduras ligeiras nas duas mãos e no tornozelo. Obviamente que surgiu um situação de bandeira vermelha para que os destroços do carro fossem retirados, algo que demorou bastante tempo, até porque a barreira de proteção ficou totalmente destruída.


A corrida recomeçou novamente na linha de partida, e desta vez foi Lance Stroll que abandonou a prova. O canadiano colidiu com Daniel Kvyat, perdeu o controlo do seu monolugar, que ficou virado do avesso. Apesar do acidente ser mais normal do que o primeiro, os fãs sentiram novamente o coração nas mãos. Mas Lance Stroll saiu rapidamente do carro sem nenhum problema. No final, ainda tivemos acesso a mais um drama nesta corrida. Sergio Pérez que se encontrava confortavelmente no terceiro lugar, foi obrigado a abandonar devido a problemas críticos no motor do carro, isto a 3 voltas do fim. Desta forma, a Racing Point não somou nenhum ponto. Quem saiu mais beneficiado desta desistência foi Alexander Albon que fechou o pódio, o primeiro da época com os dois pilotos da Red Bull. Lewis Hamilton colmatou a sua 95ª vitória da sua carreira.


No decorrer da semana foi comunicado que o heptacampeão mundial acusou positivo no teste para a COVID-19, e foi obrigado a faltar à segunda corrida de maneira a cumprir o isolamento obrigatório. Com o seu monolugar vazio, foi necessário chamar alguém. Para o seu lugar foi chamado George Russel, o piloto nrº1 da Williams, e esta construtora chamou Jack Aitken. Romain Grosjean também não pode competir devido às suas lesões, e para o seu lugar entrou o brasileiro Pietro Fittipaldi. A sua equipa, a Haas, que já tinha confirmado que não ia renovar nem com o francês nem com Kevin Magnussen, oficializou a entrada de Mick Schumacher para a equipa no próximo ano, este por sua vez consagrou-se campeão de Fórmula 2 na última corrida, e ainda oficializaram a entrada de Nikita Mazepin.


Na segunda corrida, Charles Leclerc arriscou demais ao tentar ultrapassar Sergio Pérez, e despistou-se contra uma barreira levando consigo Max Verstappen, que apesar de ter conseguido desviar-se do acidente, perdeu o controlo do carro quando este se encontrava na gravilha. Sergio Pérez conseguiu retomar a prova, caindo obviamente para último, e durante o safety-car aproveitou para mudar os pneus. Antes disto, George Russel, agora num carro da Mercedes, ultrapassou Valtteri Bottas que largou da pole, e assumi o controlo da corrida.


Uma prova que parecia ganha para o britânico, e que assim ia somar os seus primeiros pontos da carreira de forma categórica. Mas o destino não estava do seu lado. Numa ida às boxes, a equipa germânica comprometeu na troca de pneus para ambos os pilotos, que caíram algumas posições, colocando em risco a vitória. Ainda assim, George Russel foi capaz de realizar ultrapassagens e já se encontrava em segundo lugar, atrás de nada mais nada menos do piloto mexicano, que apesar de ter estado em último, subiu todas as posições de forma surpreendente. Todavia, não estava de facto destinado para que Russel conseguisse a sua primeira vitória, pois a poucas voltas do fim, foi obrigado a mudar de pneus, pois um deles estava furado, e saiu da situação de pontuar. Felizmente, ainda foi capaz de conseguir um 9º lugar, atrás do piloto finlandês da Mercedes, com o bónus da volta mais rápida. Na realidade, os seus primeiros pontos foram um pouco "agridoces" tendo em conta que a vitória esteve nas suas mãos duas vezes, mas no fim nada podia ter feito de melhor. Uma performance brilhante, apesar do resultado, que lhe garantirá certamente um lugar na Mercedes no futuro.


Esta infelicidade do piloto britânico trouxe alguma bonança para os fãs, pois Sergio Pérez conseguiu a sua primeira vitória da carreira após 10 temporadas na F1. E esta é uma informação positiva pois este é muito provavelmente o último ano do piloto na Fórmula 1. Não esquecer que tivemos acesso a um pódio tão surpreendente como o de Itália, com Esteban Ocon a ocupar o 2º lugar, o seu primeiro pódio da carreira, e Lance Stroll juntou-se ao colega de equipa no top 3. Desta forma, a Racing Point sai beneficiada, por ter somado 40 pontos, e agora está em 3º lugar do mundial de construtores com 10 pontos de vantagem da McLaren. Deixo aqui em baixo as classificações dos pilotos e dos construtores, e reforço que só falta uma corrida para o fim desta temporada, marcada para o próximo fim de semana em Abu Dhabi.


Diogo Ribeiro

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