Lewis Hamilton conquistou a 8ª vitória na península ibérica. Há duas semanas conquistou o Grande Prémio de Portimão pela segunda vez e no passado fim de semana arrecadou a 6ª vitória no circuito de Barcelona, igualando a marca de Senna de cinco vitórias consecutivas no mesmo circuito. Para além disso, atingiu a 100ª pole-position e faltam apenas duas vitórias em corridas para atingir o mesmo número.
No solo português, o atual campeão teve que lutar e muito para obter a vitória. Na volta 11 realizou uma fantástica ultrapassagem a Max Verstappen e só na volta 20 é que ultrapassou o seu colega de equipa para assumir a liderança que manteve até ao fim da prova. Na Catalunha, o britânico ultrapassou o piloto da Red Bull com a ajuda dos seus engenheiros que teceram uma fantástica estratégia. Era sabido que a Red Bull possuía menos um jogo de pneus disponível para utilizar em pista do que a Mercedes. Foi esta vantagem que beneficiou o heptacampeão, que ao ir às boxes pela segunda vez ajudou-o a colmatar mais uma vitória, isto porque Max Verstappen estava numa estratégia diferente e já não tinha pneus para resistir à pressão do britânico.
No Grande Prémio de Espanha, Lewis Hamilton foi obrigado a juntar ainda mais esforços para arrecadar a vitória. Logo na primeira curva, Max Verstappen assumiu a liderança da corrida ultrapassando o recordista das pole-positions. Contudo, se os engenheiros da Mercedes foram importantes em Portimão, aqui foram ainda mais incisivos para oferecerem vantagem ao britânico. Como Lewis Hamilton não conseguia pressionar o holandês, a equipa decidiu chamar Hamilton para as boxes e colocaram pneus novos no monolugar nrº44. A partir daqui o heptacampeão entrou no modo “hammer time” para recuperar a desvantagem face ao seu rival e na volta 60 realizou uma ultrapassagem sem hipóteses para Verstappen. Este acontecimento foi muito semelhante à estratégia da equipa germânica em solo húngaro há uns anos. Caso a Red Bull chamasse Verstappen para as boxes provavelmente a corrida poderia ter um desfecho diferente.
No regresso ao principado de Mónaco, foi a Ferrari a surpreender tudo e todos ao ser uma das favoritas à vitória, isto porque assumiu os primeiros lugares durante os treinos. Algo que se confirmou na qualificação de sábado com Charles Leclerc a fazer a pole-position, a oitava da carreira. Todavia, no último minuto da Q3, o monegasco despistou-se e a sessão foi cancelada, impossibilitando os outros pilotos de finalizarem as suas voltas. Max Verstappen qualificou-se em segundo lugar e Lewis Hamilton não foi além de um sétimo lugar. Antes do início da corrida, o piloto da Ferrari viu-se obrigado a não competir devido a problemas na caixa de mudanças que não tinham recuperação a tempo do início da prova. Com isto, Max Verstappen partiu no primeiro lugar e não abandonou esse posto até ao final da corrida. Valtteri Bottas também foi vítima de um grande azar ao dirigir-se às boxes quando os mecânicos não conseguiram retirar a porca de um pneu e o finlandês abandonou a prova. A equipa alemã também vacilou na estratégia de Hamilton que finalizou a corrida no lugar onde começou.
No final, a Red Bull assumiu a liderança do mundial de construtores apenas com um ponto de vantagem, algo que não acontecia desde 2013. A Ferrari aproximou-se da McLaren e apenas 2 pontos separam as duas equipas na luta pelo 3º lugar do campeonato. No mundial de pilotos, Max Verstappen assume a liderança pela primeira na carreira com 4 pontos de vantagem para o seu rival. Nas imagens abaixo podem observar as pontuações dos restantes pilotos e das equipas após cinco corridas. A próxima corrida está marcada para o dia 6 de junho no circuito do Azerbaijão.
Diogo Ribeiro
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