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F1 2020: Novidades no Mercado de Pilotos



Algumas notícias bombásticas marcaram esta última semana no mundo da Fórmula 1. Todavia, não convém esquecer as principais mudanças que foram decididas desde março, derivado da pandemia.


Primeiramente, todas as corridas, que numa situação normal ocorreriam de forma tranquila, foram adiadas ou canceladas. Até ao momento, os Grandes Prémios cancelados foram os seguintes: Mónaco, França e Austrália. Os restantes foram apenas adiados. Claro que não existe nenhuma certeza quanto ao cancelamento ou adiamento dos futuros Grandes Prémios. É sabido que, existe uma forte vontade de começar esta época na primeira semana de julho, com o Grande Prémio da Áustria, acumulando as restantes corridas europeias nos meses de julho, agosto e início de setembro. Também foi comunicado que as primeiras corridas serão marcadas pela ausência dos fãs, e ainda não é oficial quando é que teremos a primeira corrida com público. Acrescento ainda que, não haverá a tradicional pausa de verão de três semanas, ou seja, estimo que num mês poderão ocorrer três corridas seguidas, com uma semana de intervalo, isto a repetir-se em todos os meses até ao final do ano.


Depois destas informações vou focar-me nas notícias das transferências de pilotos que foram anunciadas na última semana. Em primeiro lugar, era previsível que Sebastian Vettel iria sair da Ferrari no final da desta temporada. Mas, surpreendeu-me que essa decisão fosse comunicada antes da desta época atípica começar. Numa situação normal, já teríamos direito a ver mais ou menos metade das corridas do calendário, e como é hábito, qualquer decisão relacionada com troca de pilotos entre equipas seria anunciada no verão. Neste caso, o piloto alemão irá realizar todas as provas a saber que em 2021 já não fará parte da equipa italiana. Este ponto para mim é relevante, porque das duas hipóteses que irei abordar, uma delas irá concretizar-se: a primeira baseia-se numa falta de rendimento abrupta que pode ser evidenciada pelo piloto germânico por saber que por muito sucesso que tenha neste ano a decisão não irá mudar; a segunda por outro lado, centra-se numa demonstração de resultados extraordinários para demonstrar à sua equipa que tomaram a decisão errada. No caso de demonstrar resultados superiores aos últimos anos, poderá aliciar equipas de grande calibre como por exemplo a Mercedes. A meu ver, a atitude mais sensata seria que Sebastian Vettel aguardasse com cautela até que a totalidade das equipas do grid oficializassem decisões referentes à permanência ou não de pilotos. Em outros termos, qualquer decisão tomada precocemente pode ser precipitada, logo, convém esperar pelas movimentações dos pilotos entre as equipas. Claro que estamos a falar de um tetracampeão mundial, que desde 2009 tem como ambição vencer corridas, logo, não seria agradável para o mesmo permanecer num construtor do meio da tabela. Não obstante, se existir a hipótese de ocupar um lugar na Mercedes ou na Red Bull, provavelmente seria como segundo piloto, a não ser que opte pela opção de aguardar um ano, ou até mesmo de abandonar o desporto.


Poucos dias depois do anúncio anteriormente referido, surge a novidade que será Carlos Sainz a ocupar o lugar do alemão na Scuderia Ferrari no próximo ano. A notícia, a meu ver, não suscitou nenhum choque, uma vez que os favoritos para ocupar o lugar eram o espanhol e o Daniel Ricciardo. Mas existem motivos óbvios que levam a concluir que o Carlos Sainz é a escolha certa. Numa primeira instância, a Ferrari pretende alguém que ocupe o lugar como segundo piloto, de maneira a minorar tensões, e evitar momentos semelhantes ao que se passou no Brasil o ano passado entre Vettel e Leclerc. Assim, Daniel Ricciardo não se encaixa nesse perfil de segundo piloto, pois o próprio, na minha ótica, decidiu não renovar com a Red Bull para ir para a Renault, com vista a ter total protagonismo na equipa, e não teria esse privilégio na equipa italiana. Acrescento que o piloto espanhol, possui cinco anos de experiência no desporto, passou por três equipas, tem 25 anos, e no ano passado consegui um incrível sexto lugar no mundial de pilotos, não esquecendo que é muito mais barato do que o piloto australiano em termos salariais. Este último por sua vez, ocupou o lugar vago da McLaren, logo deixará a equipa francesa no final do ano de 2020. A equipa inglesa tentou no ano passado contratá-lo, não tendo êxito, e por isso não me estranha terem insistido neste ano, mas ainda não entendo as razões que levam ao piloto a trocar entre as duas equipas.


Estas novidades marcaram e chocaram o mundo da F1, e só aumentam a ansiedade dos fãs para que esta época comece. Até esse momento falta mais de um mês, e mais novidades irão surgir. Quem irá ocupar o lugar vago da Renault? Qual será a decisão de Sebastian Vettel referente ao seu futuro? Aguardo com entusiasmo as movimentações no mercado, com o objetivo de as analisar aqui na Underscope. Por fim, comprometo-me desde já, a analisar cada corrida do calendário de 2020.


Diogo Ribeiro

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