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F1 2020: Previsões e novidades



A temporada de Fórmula 1 deste ano está a menos de um mês de começar, com o habitual Grande Prémio da Austrália no dia 15 de março. Com o grid completo, no âmbito de pilotos e de carros, está tudo a postos para que os testes de pré-temporada em Barcelona se iniciem. Mas antes que os monolugares se dediquem ao asfalto, pretendo revelar as principais novidades no que toca aos pilotos, ao calendário deste ano, e a previsões do que pode marcar um período de transição na Fórmula 1.

Numa primeira instância, é crucial informar que teremos 22 corridas para disfrutar, um número histórico na totalidade de corridas por ano. A única ausência, face ao ano passado, é o Grande Prémio da Alemanha em Hockenheim. No que toca às novidades, o Grande Prémio do Vietnam faz a sua estreia, num autódromo de rua na cidade Hanoi, e após uma ausência de 35 anos, o Grande Prémio da Holanda voltará ao calendário. Convém salientar que o Grande Prémio da China foi adiado por tempo indeterminado, devido à epidemia de coronavírus no país. A decisão é explicada pelo desafio logístico em transportar os equipamentos e combustível para a China, visto que, esta é realizada com alguma antecedência por via naval.

Noutro âmbito, 20 pilotos “conduzirão para sobreviver” (referência à série Drive to Survive da Netflix), com vista a marcarem lugar em 2021. A novidade dominante, é o regresso de Esteban Ocon, substituindo o alemão Nico Hülkenberg na Renault, que por sua vez, não terá lugar no grid. Outra troca é a substituição de Robert Kubica por Nicholas Latifi na Williams. Uma mudança menos primária, é a mudança do nome da equipa satélite da Red Bull, de Toro Rosso para Alpha Tauri

Destoando desta corrente informativa, dedicar-me-ei a fundamentar antecipações no que toca à performance de pilotos e dos seus respetivos construtores. No entanto, sou defensor que na Fórmula 1 nada é garantido, e que a exigência e a dificuldade são superiores de ano para ano. Dentro de cada piloto, existe a vontade de fazer mais e melhor, de superar novos desafios, de quebrar recordes, de ser melhor do que o colega de equipa, e de ficar na história. Mesmo os nomes que constantemente pisam o pódio não podem facilitar, pois uma nova coletânea de pilotos jovens está à espreita de oportunidades de ouro.

Neste sentido, considero que, as alterações classificativas finais serão mínimas, com uma ou outra exceção no miolo da tabela. Primeiramente, saliento que existe grande probabilidade de dois feitos históricos marcarem a temporada, e ambos estão ligados à equipa da Mercedes. Um deles é tornaram-se a primeira equipa a vencer sete títulos de construtores seguidos, o outro, também conectado ao número sete, é Lewis Hamilton igualar Michael Schumacher no número de campeonatos. Na minha ótica, os dois acontecimentos serão certos, pois nesta hegemonia da equipa alemã que dura desde 2014, possuem uma média de 190 pontos de vantagem para o 2º classificado. Na época anterior obtiveram um início arrebatador, vencendo as primeiras oito corridas, com seis dobradinhas, o que deixou a Ferrari completamente de rastos. Todavia, acredito plenamente que a equipa italiana irá cimentar com dificuldade a tarefa da Mercedes, pois serão mais as corridas nas quais obterão vantagem pontual (apenas em quatro em 2019), derivado de possuírem dois grandes pilotos. Um deles, Charles Leclerc, que na sua época de estreia na Scuderia, conseguiu ultrapassar o seu colega de equipa, e a meu ver, deseja repetir o feito. Sebastian Vettel por sua vez, quer colocar a sua experiência em prática, tentando ofuscar o seu lado mais frágil que já o comprometeu em diversas ocasiões. Logo assim, estão reunidos os ingredientes para uma rivalidade que desejo muito acesa, mas que no final cairá para o lado dos atuais hexacampeões.

O terceiro lugar do campeonato de construtores será entregue mais uma vez à Red Bull, com a diferença de, na minha ótica, ser este o ano em que o Max Verstappen terá maior probabilidade de criar dificuldades a Lewis Hamilton. Confio que o piloto holandês será um dos favoritos a vencer mais do que as duas habituais corridas que costuma ganhar (Áustria e Brasil). Alexander Albon ajudará a equipa a erguer-se com mais superioridade no início, comparando com a prestação do ano passado, em que Pierre Gasly não ganhou pontos que à priori estaria obrigado a amealhar.

A disputa pelo 4º lugar será entre a McLaren e a Renault, sendo difícil afirmar qual das duas sairá por cima, já que ambas possuem dois pilotos muito experientes, Carlos Sainz de um lado e Daniel Ricciardo do outro, e dois pilotos jovens muito talentosos, Lando Norris e Esteban Ocon.

A luta pelo 6º lugar também se vai cingir a duas equipas, sendo elas: a Alpha Tauri, e a Alfa Romeo. Porém, a primeira equipa citada obtém vantagem, por ter dois pilotos (Pierre Gasly e Daniel Kyat), que já se sentaram no 2º carro da Red Bull, mas que derivado a resultados medíocres, foram recambiados para a 2ª equipa, e por este fator de subsistir uma certa cobiça e ganância por voltar a um dos lugares de topo, conduzirá a que ambos concretizem pontos valiosos para a equipa. Sem esquecer que, Kimi Räikkönen, com todas as suas capacidades já conhecidas, não é suficiente para carregar nos ombros a Alfa Romeo, não só por ser muito provavelmente o seu último ano na F1, mas também porque, Antonio Giovinazzi não conseguirá fazer mais pontos do que na época passada.

O oitavo e novo lugar, serão ocupados pela Racing Point e pela Haas, respetivamente. Sendo que, na equipa americana, a diferença entre ambos os pilotos será mínima, e que Sergio Pérez irá superar Lance Stroll em praticamente todas as corridas, fortalecendo o seu lugar como 1º piloto na Racing Point.

Por fim, o último lugar será reservado à Williams, que com a chegada de “sangue fresco”, e com o talento já demonstrado de Russell, fará certamente mais do que um ponto, mas sem perturbar de forma generalizada as restantes equipas.

Concluo assim que, será um ano mais frenético do que o antecedente, apesar de serem poucas as alterações classificativas que vamos presenciar. Não obstante, todos os acontecimentos serão cruciais para a construção do grid de 2021, que chocará certamente pela quantidade de alterações polémicas.


Campeonato de Construtores

1. Mercedes

2. Ferrari

3. Red Bull

4. McLaren

5. Renault

6. Alpha Tauri

7. Alpha Romeo

8. Racing Point

9. Haas

10. Williams


Campeonato de Pilotos

1. Lewis Hamilton

2. Max Verstappen

3. Charles Leclerc

4. Sebastian Vettel

5. Valtteri Bottas

6. Alexander Albon

7. Carlos Sainz

8. Daniel Ricciardo

9. Esteban Ocon

10. Lando Norris

11. Sergio Pérez

12. Daniil Kvyat

13. Pierre Gasly

14. Kimi Räikkönen

15. Lance Stroll

16. Kevin Magnussen

17. Romain Grosjean

18. Antonio Giovinazzi

19. George Russel

20. Nicholas Latifi


Diogo Ribeiro

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