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Glass: os super-heróis existem

Atualizado: 24 de mar. de 2020


Recentemente, a FOX transmitiu o filme “Split”. Um filme incrível em que James McAvoy apresenta-nos uma personagem com 23 personalidades distintas e uma 24ª personagem aterradora e impressionante. Ao ver este filme, relembrei-me de um outro filme com James McAvoy, cujo trailer vi há alguns tempos atrás: “Glass”. 


“Glass” é a conclusão de uma trilogia que se iniciou em 2000 com o filme “Unbreakable”. Trata-se de um filme onde Samuel L. Jackson interpreta Elijah Price, também conhecido como “Mr. Glass” (Senhor Vidro), um “vilão” extremamente inteligente que tem apenas um objetivo: mostrar ao mundo que os super-heróis existem. E é nesse plano majestoso de “Mr.Glass”, que entra Bruce Willis como “David Dunn”, o herói de “Unbreakable” e James McAvoy como “Kevin Wendell Crumb” e as suas outras 23 personalidades de “Split”.


Para mim, o filme é extremamente cativante e impressionante e tem um final incrível para esta magnífica trilogia. Contudo, “Glass” é um filme que demora a prender o espectador: os primeiros 20 a 30 minutos do filme não apresentam argumento ou aspetos técnicos que sejam assim tão bons o resto do filme. No entanto são necessários, pois tratam-se de 20 a 30 minutos para relembrar a história geral da trilogia. Após esses minutos iniciais, o filme prende o espectador e quase que nos impede de piscar os olhos, devido ao medo de perdermos o mais mínimo detalhe de toda a conclusão desta trilogia de M. Night Shyamalan.


Posto isto, é preciso também dar créditos aos atores. Em primeiro lugar, considero verdadeiramente impressionante e, por vezes, aterradora a prestação de James McAvoy como “Kevin Wendell Crumb”. A capacidade do ator em representar uma personagem com mais de 20 personalidades, em conseguir fazer uma personalidade e cinco segundos depois apresentar outra, é, no mínimo, impressionante. De notar que, Samuel L. Jackson no papel de “Mr. Glass” apresenta-nos uma personagem com um olhar vazio como se nada habitasse naquele corpo. Contudo, quando o filme começa a prender o espectador é quando a personagem de Samuel L. Jackson começa a demonstrar toda a sua inteligência.


A reta final do filme é uma jogada de génio de M. Night Shyamalan. Primeiro, apresenta-nos a ideia de que os super-heróis são, de facto, reais. Contudo, não podem existir “deuses” sem inimigos ao seu nível e o ser humano não se pode dar a esse luxo. É sobre esta ideia que os três “super” deste filme (Mr. Glass, David Dunn e Kevin Wendell Crumb) morrem. Contudo, as suas mortes e toda a batalha que acontece previamente a estas mortes fazem parte de um plano de génio do “vilão” Mr. Glass que tem apenas um objetivo: mostrar a todo o mundo que os super-heróis são reais.  A questão que se coloca é: será que existem mesmo?


Fábio Moreira

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