top of page
Foto do escritorunderscop3

How To Train Your Dragon: Análise à Trilogia



Surge agora a trilogia de “How to Train Your Dragon”, que nos tem acompanhado desde 2010. Refiro desde já que os três filmes são muito bons, merecem totalmente as nomeações para o óscar de melhor filme de animação. Apesar de nenhum ter arrecadado a estatueta dourada, esta trilogia tornou-se na primeira em que todos os filmes foram nomeados.


O original possui o argumento mais complexo dos três. Neste, Hiccup, o protagonista, é o único cidadão da aldeia dos vikings que não é capaz de lutar contra os dragões que normalmente roubam o gado. Por não possuir muita força e capacidade de guerreiro, cria máquinas que, por norma, produzem efeitos negativos. Hiccup nunca aceitou o frequente ódio que os habitantes possuem face aos dragões. Ainda assim, num dos encontros noturnos com os dragões, conseguiu ferir um dos dragões muito raros, o Fúria da Noite. Desconfortável com o que fez, decide ir ao encontro do dragão preto. Na tentativa de o ajudar a recuperar, Hiccup estabelece uma relação de amizade com a criatura lendária. Numa das melhores transições do filme, ambos se conhecem de uma forma gradual, até ao momento em que se respeitam mutuamente. Hiccup aprende vários truques com o dragão, e coloca-os em prática nas aulas de luta. No torneio final, recusa matar um dragão, com o propósito de evidenciar à população que os dragões são inofensivos. O seu pai, o líder da aldeia, não aceita isso, então toma a decisão de rejeitar o seu filho, e de capturar o dragão de forma a que este indique o caminho para o ninho dos dragões. Na batalha final, Hiccup perde a perna, mas no fim, humanos e dragões vivem em harmonia. Por esta descrição percebe-se que o argumento é bastante complexo. O foco não é no vilão nem na luta do bem contra o mal, mas sim numa relação de amizade muito bem detalhada. Amizade essa tão importante, que foi capaz de mudar os ideais de uma cidade inteira. Com uma animação excelente, repleto de momentos quer cómicos, quer dramáticos, temos aqui um filme que foi um forte candidato para ganhar o Óscar.




Após cinco anos da aventura anterior, Hiccup e o seu dragão encontram uma caverna repleta de dragões, que são treinados por uma treinadora misteriosa. Esta revela a sua identidade, e Hiccup percebe que se trata da sua mãe, que há muito tempo estava desaparecida. Posteriormente, devem defender a paz que muito custou a conquistar entre dragões e humanos, pois existe um maléfico vilão que pretende dominar todos os dragões. Percebe-se que este filme possui aquela história habitual de um filme de animação. Mas, sobressai dos restantes devido às fantásticas cenas dos reencontros da mãe com o filho e o marido. Apesar de não ser tão complexo como o anterior, respeita os alicerces deixados pelo original, e acrescenta mais magia, comédia, e cenas de ação muito surpreendentes.



No último filme da trilogia, Hiccup descobre um mundo secreto onde muitos dragões vivem. Para além disso, o seu dragão conhece uma fêmea da mesma espécie, e ambos se apaixonam. Hiccup constrói uma cauda automática para o seu dragão voar sozinho. Durante o filme, o protagonista percebe que a sua aldeia está lotada, e que não é capaz de instalar mais dragões. A trilogia acaba em grande com um final surpreendente. Todos os dragões são libertados para viveram juntos nesse local. A despedida final é memorável. A paz entre dragões e humanos continua, mesmo apesar do distanciamento. No fim, quer Hiccup, quer o dragão, possuem filhos e reencontram-se novamente num dos momentos mais bonitos dos três filmes. É enaltecida a promessa que os dragões possam viver em paz com os humanos, até à instância em que a humanidade coexista em paz. Até esse momento, o segredo dos dragões é guardado. Num dos melhores finais de uma trilogia de animação, percebe-se a construção de um argumento muito bem escrito. Uma trilogia fantástica, que permite que os dragões sobrevoem os corações das crianças, e dos adultos também.



Diogo Ribeiro



10 visualizações0 comentário

コメント


bottom of page