Lewis Hamilton é Heptacampeão Mundial

Lewis Hamilton venceu o Grande Prémio da Turquia, e conquista o seu 7º título do mundial de pilotos (o 4º consecutivo), igualando a marca de Michael Schumacher. Depois da sua equipa ter confirmado a conquista do mundial de construtores na corrida anterior, o piloto britânico confirmou a sua conquista pessoal nesta corrida muito complicada. O piloto britânico nem precisava de vencer a prova, pois o seu rival, Valtteri Bottas, não conseguiu pontuar. O piloto finlandês precisava de vencer a corrida com o ponto extra da volta mais rápida para adiar a luta pelo título.

Para além de se fazer história, ainda tivemos direito a algumas surpresas em solo turco. Tudo graças à chuva que marcou o fim de semana. Na qualificação, foi Lance Stroll que conquistou a pole position, a primeira da sua carreira. O seu colega de equipa juntou-se aos lugares cimeiros com um incrível 3º lugar, e Max Verstappen garantiu um lugar no meio dos dois monolugares da Racing Point. Na partida, o piloto holandês teve um mau arranque e perdeu algumas posições, e Lance Stroll e Sergio Perez assumiram os dois primeiros lugares durante mais de 30 voltas, e tudo parecia que a Racing Point iria conquistar a sua primeira dobradinha. Todavia, o piloto canadiano foi obrigado a realizar a passagem pelas boxes extra, que apenas lhe permitiu ficar com um 9º lugar. Valtteri Bottas colocou as suas hipóteses de adiar a luta pelo título por terra logo na primeira volta, ao fazer um peão e cair para os últimos lugares. Durante a corrida, ainda perdeu o controlo do carro por duas vezes, e não conquistou nenhum ponto. Max Verstappen fez de tudo por marcar presença no pódio, mas ao puxar demais do seu monolugar em determinados momentos, perdeu o controlo do seu Red Bull e conseguiu apenas um 6º lugar. A equipa que mais surpreendeu foi a Ferrari com que um 3º e 4º lugar. No entanto, na última volta Charles Leclerc lutava contra Sergio Perez pelo 2º lugar, mas ao seguir uma trajetória mais larga na curva, perdeu o último lugar do pódio para o seu colega de equipa. Sebastian Vettel sobe assim ao pódio pela primeira vez esta época, e tudo indica que provavelmente será a última vez que realiza esse marco, a não ser que as próximas três corridas escondam mais surpresas.

O terceiro lugar do mundial de construtores já não é uma luta entre 3 equipas, mas sim entre 4. A Ferrari distanciou-se da AlphaTauri, e são 41 pontos a separar as duas equipas, portanto a equipa de Charles Leclerc e de Sebastian Vettel está a 24 pontos do terceiro lugar da Racing Point. A Renault ocupa o 5º lugar com 136 pontos, e a Mclaren está logo acima com 149.

No mundial de pilotos, a luta pelo 4º lugar continua ao rubro. Sergio Perez está em vantagem com 100 pontos, mas Charles Leclerc aproxima-se com 97, e Daniel Ricciardo com 96. Pelo sétimo lugar, Carlos Sainz assume essa posição com 75 pontos, com apenas um ponto de vantagem do seu colega de equipa. Alexander Albon está à espreita com 70 pontos.

Faltam apenas 3 corridas para o final desta época, duas no Bahrain e a última em Abu Dhabi. Provas importantes que vão ditar quem fica em terceiro lugar do mundial de construtores, que para mim é o que mais importa, pois as equipas recebem prémios consoante o lugar em que ficam na tabela. E para as equipas que num ano normal ocupariam o miolo do grid, possuem neste ano uma ótima oportunidade de conseguir mais uns milhões muito importantes no investimento para o ano de 2022 que vai ser diferente de 2021, pois haverá uma nova mudança de regras, isto se a Ferrari não acabar por assumir esse terceiro lugar, algo que seria surpreendente.

Por fim, se no domingo passado se fez história, para o ano também se pode fazer. Lewis Hamilton aos 35 anos já é recordista de pódios, de pole positions, de vitórias ,e agora, de títulos, em igualdade com Michael Schumacher. No próximo ano, caso renove contrato com a Mercedes (o que é provável), pode sentar-se sozinho no trono de rei da Fórmula 1, ao fazer um pleno nos recordes mais importantes do automobilismo. E isso seria imortalizar-se na história.

Diogo Ribeiro