Ontem deu-se início à nova temporada de Fórmula 1 no circuito do Bahrain. Max Verstappen largou da pole seguido do atual campeão, num grid que conta com três estreantes: Mick Schumacher (Haas), Nikita Mazepin (Haas) e Yuki Tsunoda (AlphaTauri). O filho do antigo heptacampeão mundial foi capaz de fazer melhor do que o pai na corrida de estreia com um 16º lugar. A nova contratação da Alpha Tauri conseguiu somar os primeiros pontos logo na primeira corrida com um 9º lugar. Contudo, o piloto russo teve uma estreia para esquecer, pois despistou-se sozinho nas primeiras curvas, o que fez entrar um safety-car para a pista. Quem mais beneficiou com este acontecimento foi Sergio Perez, a nova aposta da Red Bull, que na volta de aquecimento teve um problema no carro, mas que felizmente se resolveu e obrigou-o a partir do pit-lane. O piloto mexicano conseguiu subir muitas posições, finalizando a prova num fantástico 5º lugar e foi votado como o piloto do dia.
Após o período de stafety-car, Pierre Gasly perdeu a asa dianteira juntamento com as hipóteses de pontuar. Nunca teve grip suficiente durante as 56 voltas da prova e acabou atrás de Schumacher. Posteriormente, Fernando Alonso abandonou a pista devido a problemas nos travões. Os monolugares da Alpine parece relativamente mais fracos do que os do ano passado, tendo em conta que Ocon também não foi capaz de pontuar.
O melhor estava guardado para o fim. Max Verstappen aproximava-se do atual campeão, tirando vantagem dos pneus mais frescos que possuía em comparação com os do piloto britânico. No decorrer da volta 53, o holandês conseguiu mesmo executar a ultrapassagem, mas foi obrigado a devolver a posição porque durante a manobra colocou o seu monolugar fora do troço da pista. As últimas voltas esbanjavam tensão e stress para as duas principais construtoras. Contudo, Lewis Hamilton conseguiu defender a 1ª posição, graças também a um controlo muito equilibrado dos pneus que “calçava”, pois sabia que Max Verstappen iria entrar ao ataque nos últimos momentos. Os McLaren cumpriram os seus objetivos ao colocarem Lando Norris em 4º e Ricciardo em 7º. Os Ferrari finalizaram a prova em 6º (Charles Leclerc) e 8º (Carlos Sainz). Lance Stroll finalizou em 10º lugar e o seu novo colega de equipa, Sebastian Vettel, teve uma corrida muito complicada com alguns erros à mistura e nunca teve em lugar de disputar pontos.
No fundo, o melhor desta corrida foi a tensa batalha final entre Lewis e Max. Uma luta que durou várias voltas e que parecia que seria a Red Bull a sair por cima. Mas um pouco de azar, em conjugação com a enorme experiência de Hamilton levaram o troféu para o lado da Mercedes. Retira-se que a equipa austríaca possui uma ligeira vantagem face à equipa germânica e espero que esta batalha entre os dois principais pilotos dessas construtoras se mantenha ao longo do ano. Ao contrário das minhas expectativas, Lewis Hamilton não terá uma tarefa tão fácil como o ano passado de revalidar o título. Contudo, derivado a um maior equilíbrio entre os carros da Mercedes, será esta a vencer o mundial, tanto que Valtteri Bottas finalizou no pódio. Para que a Red Bull se junte na luta no mundial de equipas é vital que melhorem o carro de Sergio Perez, para que este tenha possibilidades de lutar por pódios.
O próximo Grande Prémio está marcado para dia 18 de abril no Autódromo Enzo e Dino Ferrari.
Diogo Ribeiro
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