Tal como me aconteceu com os filmes da saga "The Hunger Games", a trilogia "Maze Runner" não me arrastou ao cinema. Em parte porque os dois primeiros filmes saíram em 2014 e 2015 (respetivamente) e eu só os decidi ver no final de 2017. Quando finalmente foi lançado o terceiro, não senti que seria necessário gastar o dinheiro no bilhete do cinema para ver o final de uma trilogia que, apesar de tudo, é das minhas favoritas.
The Maze Runner (2014)
O primeiro filme da trilogia é lançado em 2014 e é comummente aceite como o melhor da trilogia. Thomas, interpretado por Dylan O'Brien, acorda na clareira ("Glade") sem qualquer memória do passado e depara-se outros jovens que já lá estão há mais de três anos há procura de uma saída do labirinto que rodeia a "Glade". Todo o filme roda em volta da divisão que há entre os jovens: um primeiro grupo onde Thomas se insere que pretende, a todo o custo, encontrar uma saída do labirinto e um segundo grupo que pretende, a todo custo, defender a "Glade" e o que foi construído nesses três anos.
Enquanto filme, "The Maze Runner" é um bom filme introdutório à saga. É um filme sólido que nos dá vontade de ver até ao fim e que ainda nos dá mais vontade de ver o que acontece no filme seguinte. Para além de ser um bom filme introdutório, também se trata de um filme que deixa margem de progressão para o resto da trilogia. Também tenho de destacar que se trata que é um filme que tem uma pitada de aventura, uma pitada de drama, outra de romance.... Tem um pouco de tudo e isso acaba por tornar este filme bastante completo.
Classificação final: 7,5/10
Classificação IMDb: 6,8/10
Maze Runner: The Scorch Trials (2015)
Em "The Scorch Trials", Thomas e os seus amigos conseguem escapar às garras da grande organização WCKD e fogem para o deserto onde, para além dos elementos e da WCKD, também têm de fugir dos "crancks", uma espécie de zombies causados pela doença que devastou o mundo. Sem muitas opções de sobrevivência, o grupo foge para as montanhas para se unirem ao exército de resistência "Right Arm". Contudo, no final, Teresa trai os seus amigos e conduz a WCKD onde o "Right Arm" está escondido, levando à captura de imensos jovens, entre eles Minho, um dos grandes amigos de Thomas.
O mal do primeiro filme ter sido tão bom é a faísca que deixas para os restantes. Faísca essa que "The Scorch Trials" não consegue atingir. Na minha opinião, não deixa de ser um bom filme que tem um fim muito cativante, mas não consegue ultrapassar a faísca deixada pelo primeiro filme.
Classificação final: 7/10
Classificação IMDb: 6,3/10
Maze Runner: The Death Cure (2018)
Sinceramente, tem alturas que eu não consigo perceber as avaliações do IMDb. Apesar de este filme não ser o melhor da trilogia, também não é o pior! Okey, admito que o final da trilogia é bastante previsível. Quando eu estava a ver "The Death Cure", eu adivinhei o final do filme e ainda só tinha visto uma hora e meia de filme. Mas lá porque o final é previsível não quer dizer que seja mau. A meu ver, este filme mantém (em parte) a qualidade do "The Maze Runner" e está muito bem interligado com o "The Scorch Trials". A única cena que me faz alguma confusão foi o reaparecimento de Gally na trilogia, depois de ele ter sido supostamente morto por Minho no final do primeiro filme. Mas pronto, pensando bem, dá para engolir essa decisão sem desligar o filme. Também tenho de destacar que todo o final da trilogia foi um pouco a tentar reavivar o lado bom da personagem de Teresa. É uma decisão que compreendo e aceito, mas pessoalmente penso que seria igualmente engraçado ver essa personagem transformar-se numa pessoa que faz todas as coisas erradas mas que tem os motivos certos por trás das suas acções.
Classificação final: 7,3/10
Classificação IMDb: 6,2/10
Em suma, para mim a trilogia de Maze Runner é um sólido 7/10. Na minha opinião, e em comparação com as sagas que analisei anteriormente, Maze Runner perde para "Piratas das Caraíbas" e "Harry Potter", mas ganha (sem qualquer problema) à saga "Hunger Games". Maze Runner é uma trilogia consistente com três filmes bons, sólidos e com um bom final (apesar de previsível).
Fábio Moreira
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