Mais um recorde quebrado no universo da Fórmula1. A Ferrari em 2004 conquistou o seu sexto título de construtores seguido, mas ontem a Mercedes superou essa marca com a concretização do 7º título. A equipa alemã precisava apenas de 11 pontos para alcançar esse objetivo, mas fê-lo de maneira categórica com uma dobradinha, a 6ª da época até ao momento. Caricato o facto de o recorde da equipa italiana ser superado no Autódromo Enzo e Dino Ferrari.
Valtteri Bottas, que largou da pole, partiu bem e assumiu a liderança da corrida. Lewis Hamilton não foi tão feliz na partida, e foi ultrapassado por Max Verstappen. O piloto francês, Pierre Gasly, que tem produzido resultados surpreendentes nesta época, igualou na qualificação de sábado a sua melhor posição, um quarto lugar no grid. Todavia, durante a volta 9 abandonou devido a problemas no seu monolugar. Certamente que teria feito uma grande prestação não fosse esse obstáculo.
A corrida mudou de rumo num rasgo de sorte para o atual campeão. Valtteri Bottas dirigiu-se às boxes para mudar de pneus (Max Verstappen também fez o mesmo), enquanto que o seu colega ficou em pista para retirar o máximo de performance dos seus pneus. Uma estratégia que iria prejudicar o piloto finlandês, pois durante a volta 29 Esteban Ocon abandonou a prova pelos mesmos motivos do piloto da AlphaTauri e surgiu um VSC (virtual safety car). O piloto britânico da Mercedes aproveitou a oportunidade para mudar os pneus e assumiu a liderança da corrida com uma vantagem confortável para o 2º classificado. Para quem não sabe, durante um VSC os pilotos são forçados a reduzir em 30% a sua velocidade em cada setor, sendo assim uma oportunidade perfeita para que os pilotos se dirijam às boxes. Foi o caso de Lewis Hamilton, que numa situação normal perderia por volta de 28 segundos, mas que neste caso como os restantes pilotos estavam na pista em velocidade reduzida, ganhou cerca de 8 segundos, isto porque numa passagem pelas boxes os pilotos não têm de cumprir as regras do VSC. Para uma explicação mais detalhada deixo aqui este link: https://www.youtube.com/watch?v=KX7tJ9GnQo0&feature=emb_logo.
Durante a volta 43, Max Verstappen produziu uma fantástica ultrapassagem pelo segundo lugar. Valtteri Bottas não resistiu à pressão do piloto holandês, e certamente que estava mentalmente afetado por ter sido vítima de uma estratégia de equipa. Na minha ótica seria justo que Valtteri também tivesse ficado em pista para retirar o maior proveito dos pneus, tal como fez o seu colega. Todavia foi sol de pouca dura para o piloto nrº 1 da Red Bull, porque na volta 51, um pneu furou e abandonou a prova. Deste modo, esta desistência junta-se a duas anteriores em pleno solo italiano nesta época.
O safety car surgiu devido ao despiste de Max Verstappen, e no decorrer do seu período em pista foi George Russel que cometeu um erro e despistou-se, provavelmente por não ter colocado temperatura suficiente nos pneus novos. Após a saída do safety car, Alexander Albon colidiu com um carro e foi para os últimos lugares, e a sua equipa saiu de Itália com nenhum ponto. O último destaque desta corrida foi a prestação de Daniel Kvyat, que produziu fantásticas ultrapassagens pelo 4º lugar. Ricciardo escapou-se de ter ultrapassado porque rapidamente assumiu uma certa vantagem, que lhe permitiu um terceiro lugar, contando já com dois pódios neste ano. A sua celebração foi a típica, com o hexacampeão a juntar-se à festa.
Se luta pelo terceiro lugar no mundial de construtores já estava quente, então agora está a fervilhar. Apenas 1 ponto separa três equipas. A Renault tem 135 pontos, e a McLaren e a Racing Point possuem 134 pontos. A AlphaTauri aproxima-se a pouco e pouco da Ferrari com 89 pontos somados, menos 14 do que o rival. A Alfa Romeo distanciou-se dos últimos dois lugares ao colocar ambos os carros em situação de pontuar, com somatório total de 8 pontos. A Williams continua sem conquistar nenhum ponto, e logo acima aparece a Haas com 3 pontos. No próximo Grande Prémio na Turquia, basta a Hamilton terminar numa das duas primeiras posições para igualar Schumacher, independentemente do que faça o finlandês.
Diogo Ribeiro
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