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Onward- Simplicidade Mágica

Atualizado: 16 de mar. de 2021



A Disney Pixar coloca o espectador bastante próximo das lágrimas. Tem sido um registo muito habitual nas principais longa-metragens. E em “Onward” a premissa repete-se.


Este filme foca-se na relação de dois irmãos elfos, Ian Lightfoot e Barley Lightfoot, com vozes de Tom Holland e Chris Pratt respetivamente. Num universo recheado de criaturas como: gnomos, unicórnios, trolls, centauros e dragões, a narrativa centra-se no reencontro dos irmãos com o pai que já faleceu, com quem poucas memórias possuem. Este encontro só será possível através de magia. Mas os protagonistas ao receberem um presente que lhes permitem ver o progenitor, apenas são capazes que os membros inferiores do corpo de Wilden Lightfoot (o pai) sejam visíveis, e isto apenas durante 24 horas. Assim, segue-se uma jornada com o objetivo de possuir uma jóia, que permita ver o pai de forma integral. No entanto, esta aventura torna-se muito complexa, e com muitas aprendizagens à mistura.

“Onward” (Borá Lá em português) reveste-se de muita simplicidade no tratamento de temas como: a continuidade da vida, o luto, a solidão na adolescência, a relação de irmãos, e até mesmo a força de uma mãe ao criar os filhos sozinha. Considero notável um filme de 100 minutos conseguir juntar temáticas bastante complexas, sempre com uma linha de transparência bastante clara e fácil de assimilar para quem vê.

Até ao segmento final, existem diversos momentos repletos de comédia, apresentados com um ritmo constante e sem exageros. Todos os momentos são significativos para o desfecho, visto que o irmão mais novo, Ian, pretende cumprir certos propósitos que nunca atingiu, até porque ele, contrariamente ao irmão mais velho, não possui nenhuma recordação com o pai.

O ato final surpreende, não pelo acontecimento em si, mas pela peculiaridade de como é arquitetado. Ian compreende que Barley foi sempre a figura paternal na sua vida, e permite que seja o mesmo a falar com pai. O momento é engrandecido com um abraço entre os irmãos, abraço esse que simboliza a presença constante do pai nos seus pensamentos.

Os aspetos que destoam das principais valências já descritas por mim, são de uma forma geral, a quase inutilidade das personagens secundárias, e o fator da magia, que tem de facto alguma importância, mas o filme carece de cenas com mais sequências mágicas.


Em suma, apesar destas minudências, o argumento rico, uma construção de duas personagens complexas, um final fascinante, tornam este filme num grande sucesso da Pixar. Mal posso esperar por “Soul” …


Diogo Ribeiro

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