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Piratas das Caraíbas: uma saga que deveria ser trilogia



Piratas das Caraíbas é uma saga com cinco filmes que estrearam entre 2003 e 2017. Nesta saga, o famoso ator Johnny Depp assume o papel de “Captain Jack Sparrow”, uma personagem tão bem interpretada pelo ator norte-americano que rapidamente conquistou os corações do público. Ao longo desta análise irei falar de cada um dos filmes de uma das sagas apreciadas pelo público.


The Curse Of The Black Pearl (2003)



Para mim, um dos maiores apelos deste primeiro filme da saga é a enorme interligação entre o trio principal com o próprio título do filme. Elizabeth Swann e Will Turner conhecem-se em crianças, depois de William ser resgatado após um ataque de um navio pirata. Anos depois Elizabeth é raptada pela tripulação do navio pirata Pérola Negra, que é o antigo navio de Jack Sparrow. O rapto de Elizabeth leva Will Turner a fazer um pacto com Jack Sparrow para resgatar a sua amada, pacto esse que só é fechado quando Jack fica a saber o nome de William e, por consequência, fica a saber que Will Turner é filho de um ex-membro da sua antiga tripulação do Pérola Negra, o que o torna fulcral para quebrar a maldição que assombra os tripulantes. Para além de toda esta fenomenal interligação entre as personagens, não posso excluir o incrível papel de Johnny Depp como Jack Sparrow. Peço desculpa, Captain Jack Sparrow. Uma personagem com um plano sempre pronto e que parece ter sempre um “ás na manga” e cujo ator lhe oferece uma certa dose de floreados que acabam por embelezar ainda mais o encanto que Jack Sparrow causa na audiência. Não posso deixar de destacar que a minha cena favorita da saga surge neste primeiro filme: quando chegam ao bar em Tortuga, Jack Sparrow conta o seu plano a Gibbs e, no final, fazem um brinde que lá em casa se tornou habitual. “Take what you can, give nothing back!”

Classificação final: 8/10


Dead Man’s Chest (2006)

O pretexto para este segundo filme já não se foca tanto no jovem casal, mas sim na personagem de Johnny Depp. No final do primeiro filme, sabemos que Jack Sparrow obteve o seu navio por intermédio de Davy Jones, capitão do Holandês Voador (Flying Dutchman).

Enquanto isso, o casamento de Will com Elizabeth é interrompido por Lorde Cutler Beckett. Para aqueles que nunca tomaram conhecimento disso, Lorde Cutler Beckett mandara queimar o navio de Jack Sparrow e foi ele que o classificou como pirata, levando Jack a pedir a Davy Jones o seu navio de volta. Para libertar a sua amada da prisão, Will tem de encontrar Jack Sparrow e recuperar a famosa bússola que não aponta o norte. Tal como no primeiro filme, Dead Man’s Chest faz muito uso das intrigas e das pequenas traições entre personagens para manter um filme interessante e cativante. Também como no primeiro filme, as atuações deste segundo filme mantêm a sua qualidade, e aqui tenho de destacar Orlando Bloom como Will Turner. O ator britânico faz um bom papel ao longo da saga, mas é neste filme que a personagem de Bloom está no seu apogeu. Este filme termina com a morte de Jack Sparrow, mas desde já nos apresenta o pretexto do terceiro filme e uma última surpresa: trazer Jack Sparrow de volta à vida com a ajuda do vilão do primeiro filme, o pirata Hector Barbossa.

Classificação final: 8/10


At World’s End (2007)

Um filme que continua com as intrigas e as pequenas traições que os dois filmes anteriores nos habituaram, At World's End ainda nos apresenta uma surpresa escandalosa mas necessária para a reta final do filme: Jack Sparrow vota em Elizabeth Swann para rei, neste caso, Rainha dos Piratas. Se dependesse de mim, esta saga seria uma trilogia. At World’s End é o fim perfeito para uma trilogia, onde o público tem tudo aquilo que poderia desejar. Jack Sparrow livre para navegar os mares tal como sempre desejou, Elizabeth casada com Will que, ao mesmo tempo que conseguiu ficar com a sua amada, também conseguiu satisfazer a sua veia pirata como capitão do Holandês Voador.

Classificação final: 7,5/10


On Stranger Tides (2011)

Sinceramente, nove anos depois da estreia deste filme, eu continuo sem conseguir perceber a lógica de On Stranger Tides para a saga. Completamente caído do céu, sem qualquer tipo de sentido, e não acrescenta absolutamente nada à história geral dos Piratas das Caraíbas sem ser um pouco mais de conhecimento da relação entre Sparrow e Barbossa. A quem nunca viu a saga e está a ponderar ver, podem muito bem passar este filme à frente que não perdem grande coisa.

Classificação final: 6,5/10


Dead Men Tell No Tales (2017)

Há três anos estreou o quinto filme da saga. Dead Men Tell No Tales acaba por ser um filme necessário para apagar a imagem deixada pelo seu antecessor. Nesse aspeto, o filme cumpriu o seu objetivo, contudo, continua a ser um dos piores da saga. No entanto, há aspetos positivos a retirar do filme: a atuação de Javier Bardem superou as minhas expectativas. Embora o final do filme seja aquilo que os fãs queriam, se formos a pensar, é quase uma imitação aperfeiçoada do final do At World’s End.

Classificação final: 7/10


Em suma, eu considero que esta saga é um sólido 7,5/10. Piratas das Caraíbas arranca com dois filmes muito bons, seguidos de um terceiro que era ótimo para encerrar uma trilogia, mas os dois últimos filmes não podem ser considerados mais-valias para uma saga fantásticas com fãs em todos os mares.


Fábio Moreira

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