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Rei Leão: Análise à Trilogia



Quando se fala no Rei Leão, todas as pessoas pensam no primeiro filme, e as duas continuações ficam no plano do esquecimento. Mas aqui, vamos abordar os três filmes. Claro que é percetível que o original tenha principal destaque devido ao grande sucesso que teve, adquirindo o estatuto de um filme intemporal, que certamente será visto ao longo de muitas gerações. Até porque o primeiro é provavelmente o filme favorito de muitos fãs da Disney.


Na realidade, as palavras são escassas para descrever um dos melhores filmes de animação de sempre. Normalmente, descrevo os aspetos negativos, mas como o original não possui nenhum, avancemos. Em primeiro lugar, realço a técnica de animação deste filme, que é brilhante. A Disney já realizou muitos filmes, antes dos anos 90, com personagens baseadas em animais, como por exemplo: Bambi e Robin Hood. Mas nenhum prende tanto o olhar como Rei Leão. As personagens são coloridas, e cada cor é intensa e cativante. A experiência de estar a ver os animais à volta da pedra do reino, é tão deslumbrante como olhar para uma pintura de arte. O argumento, mais que conhecido, é completo e deslumbrante. É difícil escolher a cena favorita do filme, bem como qual é a melhor música. A introdução do filme, de tão detalhada que é, dá a conhecer as principais personagens e o enredo que nos espera ao longo do filme. A relação entre Simba e Mufasa, apesar de ter pouco tempo de tela, é capaz de rapidamente imperar um vínculo entre o espectador e as personagens. Não esquecendo, uma das cenas mais tristes de sempre, a morte de Mufasa, acompanhada por uma banda sonora incrível. Posteriormente ao momento mais dramático do filme, é nos apresentado a dupla mais engraçada de todos os filmes do universo Disney, Timon e Pumba, que nos incutem o significado de hakuna matata. Algo que pode passar ao lado de quem vê, é a importância de Rafiki na história. Um babuíno sábio que transmite as principais morais a Simba. No fundo, todos os elogios devem ser direcionados a este filme, mas resumo tudo o que se pode dizer com a seguinte palavra: perfeição.




O segundo filme, lançado em 1998, acompanha Kiara, a filha de Simba e Nala, que enquanto é criança, descobre as terras proibidas, onde conhece Kovu e a mãe do mesmo, Zira, a vilã da história. Zira, contrariamente a Scar, é menos engenhosa e manipuladora, mas compensa essas caraterísticas com força e ferocidade. Repleta de raiva e vingança, devido a Simba ter decidido expulsar os seguidores de Scar, Zira decide que Kovu deve aproximar-se de Kiara para ocupar o lugar de rei. Todavia, o ponto mais forte do filme, é a construção de um amor entre Kiara e Kovu que é proibido, mas tal como a música que os acompanha, no fim o amor venceu. O filme não é tão denso e complexo como o anterior, mas seria missão impossível ultrapassar uma obra-prima. No entanto, um filme mais que sólido, com músicas inesquecíveis, e que alcança com subtileza a magia do seu antecessor.




Agora chega o momento de falar não de Rei Leão 3, mas mais especificamente de Rei Leão 1 ½. A escolha do título não podia ser melhor, porque, contrariamente ao segundo, a história deste não é uma sequela, mas sim um aprofundar do argumento do filme original. Aliás, inicialmente a história recua uns dias atrás em relação ao nascimento de Simba, com o propósito de acompanhar Timon na sua rotina, até ao momento em que conhece Pumba. Posteriormente, a história conhecida do primeiro filme começa, mas observamos a mesma da perspetiva da dupla. O filme reveste-se de grande aleatoriedade, porque o suricata e o javali são por vezes os catalisadores de alguns acontecimentos do primeiro filme, e acrescento que nas principais cenas memoráveis do original, eles marcam a sua presença. Não esquecendo que temos o privilégio de ouvir os comentários de ambos enquanto visualizam o filme. Um filme que não surgiu com a necessidade de obter grandes resultados financeiros, até porque nem foi lançado nos cinemas, e que ainda assim consegue acrescentar um fantástico conteúdo à história que todos conhecemos.


No fundo, as continuações produzidas foram claramente um risco, derivado à faísca elevada que foi colocada pelo primeiro. Todavia, sem o objetivo de arrecadar grande sucesso monetário, tivemos acesso a dois filmes, que de formas distintas acrescentam substância a um argumento por si só complexo. Porventura, muitas pessoas pensavam como seriam possível adicionar ainda mais magia e conteúdo ao Rei Leão de 1994, que para mim é um filme perfeito. Uma trilogia que muitas vezes pode não ser lembrada, mas que certamente vai continuar a preencher os olhos das gerações futuras.




Diogo Ribeiro

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