Depois de rever muitas vezes um dos meus filmes favoritos, decidi finalmente redigir esta crítica. "Spotlight", vencedor do Óscar de Melhor Filme em 2015, é uma obra-prima magnífica e deveras marcante para mim que pretendo seguir o caminho do jornalismo como via profissional. Uma história que remonta ao ano 2002, em que a equipa de jornalismo de investigação Spotlight do The Boston Globe prova a existência de um enorme encobrimento de padres pedófilos por parte dos altos quadros da Igreja Católica. Um autêntico 'must-watch' para todos os amantes da cinematografia e para aqueles que, tal como eu, pretendem fazer do jornalismo, a vida.
No filme, Marty Baron (Liev Schreiber) chega a Boston para fazer várias mudanças no Boston Globe e depressa interessa-se sobre um artigo de opinião de uma jornalista acerca de um padre que abusou de inúmeras crianças ao longo de várias décadas. Este interesse de Baron leva a que a equipa Spotlight, liderada por Walter Robinson aka Robby (Michael Keaton), comece a investigar o caso e acabe por desvendar um enorme encobrimento de padres pedófilos por parte dos altos quadros da Igreja Católica. Fazem parte dessa Sascha Pfeifer (Rachel McAdams), Mike Rezendes (Mark Ruffalo) e Matt Carroll (Brian d'Arcy James). Juntamente com Walter Robinson, eles reportam a Ben Bradlee Jr. (John Slattery).
Na minha mais sincera opinião, nenhum ator ou atriz deste filme tem uma prestação marcante, excetuando uma cena extremamente impressionante de Mark Ruffalo. Porém, não são as prestações que dão valor a este filme e sim o seu enredo. É impossível para mim não querer ver esta equipa de jornalistas a conseguir publicar o seu trabalho e conseguirem desmascarar toda a fachada em volta da Igreja Católica, e os danos causados por essa instituição. Um filme deveras impressionante e excecional e que, sem dúvida alguma, é claramente merecedor do Óscar de Melhor Filme de 2015,
Numa era em que o jornalismo impresso tem vindo cada vez mais a perder força, é importante que o povo veja e reveja "Spotlight", quanto mais não seja, para nos relembrarmos da importância que os jornalistas podem ter para a sociedade. A exposição pública que o jornalismo oferece nunca deve ser esquecida e não nos podemos dar ao luxo de pensar que a sociedade não precisa de jornalismo e de jornalistas de qualidade que mantenham os poderosos sobre alerta.
Fábio Moreira
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