"The Big Short" é a explicação apelativa de um problema que afetou o mundo em 2008. Para quem ainda não conseguiu entender a crise de 2008, "The Big Short" leva-nos para dentro do mercado imobiliário de Wall Street e mostra-nos o quão corrupto o mundo capitalista consegue ser. Para ser sincero, se não chegar ao fim do filme com um sentimento de revolta, é porque você não é humano.
Se a temática desta obra de Adam McKay não o cativou, espero que pelo menos o elenco o o leve a educar-se sobre o tema. Com quatro grandes nomes da 7ª arte (Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling e Brad Pitt), "The Big Short" deixou-me logo intrigado e com vontade de ver este filme.
No entanto, engana-se quem pensa que vai ver uma enorme e bela prestação de qualquer destes quatro grandes atores. "The Big Short" é um daqueles filmes em que os grandes atores só estão lá com a função de cativarem audiências para um filme que, na minha opinião, toda a gente no mundo deveria ver por causa da enorme importância da temática do filme.
Posto isto, e caso ainda não tenha percebido pelo que disse até agora, a prestação de todos os atores presentes neste filme não é nada de especial. Tratam-se de prestações razoáveis que cumprem os requisitos mínimos, mas que nunca surpreendem. Contudo, penso que essas prestações pouco entusiasmantes dos atores são adequadas e encaixam com o próprio filme. "The Big Short" é um filme com uma temática muito importante e capaz de prender com facilidade o espectador, e penso que atuações muito extraordinárias de qualquer ator iria retirar a força do tema desta obra de Adam McKay.
Outro ponto que eu tenho de referir, é a explicação de certos termos de Wall Street que o filme faz. Adam McKay, sabendo o quão maçadores são alguns termos utilizados em Wall Street, procurou explicá-los de maneira a que o espectador não desligasse do filme. Para tal, em momentos-chave do filme que o realizador assumiu a atenção do espectador para que pudesse começar a divagar, o filme é interrompido (num total de três momentos) por celebridades como Margot Robbie, Anthony Bourdain e Selena Gomez, que explicam de maneira apelativa e sedutora termos complicados que Wall Street usa. A meu ver isto, foi uma das decisões mais acertadas de um filme que, feito de outra maneira que não esta, me obrigaria a parar para fazer uma pausa.
Em suma, "The Big Short" é um filmes com grandes nomes mas nenhum desses se destaca. O grande atrativo deste filme biográfico é a forte temática que a obra do realizador Adam McKay tem e, na minha opinião, trata-se daqueles filmes que deveriam ser vistos por todas as pessoas. Por exemplo, se eu nas minhas aulas de história do secundário fui obrigado a ver filmes como "Lista de Schindler" e "La Vita È Bella", os estudantes da área de economia deveriam ser obrigados a ver "The Big Short".
Fábio Moreira
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