A menos de uma semana do início desta temporada de Fórmula 1, é altura de abordar algumas atualizações, bem como previsões pessoais. Em março deste ano redigi um documento com algumas futurologias que poderiam marcar a nova época. Todavia, e derivado da pandemia, muitas corridas foram canceladas e algumas adiadas. Este texto seguirá as bases do primeiro que escrevi acerca da modalidade. Sendo assim, passemos às principais novidades.
O novo calendário da Fórmula 1 só poderia ser atípico, e através da imagem acima percebe-se que, para já, só temos oito corridas marcadas de forma oficial obviamente. Com algumas corridas da Europa a serem canceladas como: Mónaco, França e Holanda, surgiu a necessidade de realizar duas corridas na mesma pista. Neste sentido, temos duas corridas quer na Áustria, quer no Reino Unido. A estas duas corridas juntam-se os seguintes Grandes Prémios: Hungria, Espanha, Bélgica e Itália. Novas atualizações revelam três novas corridas canceladas: Azerbaijão, Singapura e Japão. A razão que leva ao cancelamento do Grande Prémio do Azerbaijão e da Singapura deve-se à enorme dificuldade de construção das infraestruturas neste período de incerteza, por serem circuitos citadinos. A corrida no Japão, por sua vez, é apenas por uma questão de segurança face à pandemia. No que toca às etapas que numa situação normal já teriam ocorrido, (Canadá, China e Vietnam) encontram-se adiadas, ainda por data a confirmar. Por último, corridas que marcam normalmente a segunda metade do campeonato como: Brasil, Abu Dhabi, México, Rússia e Estados Unidos, também não possuem uma data oficial. Para finalizar esta coletânea de informações concretas, informo que a Williams anunciou o rompimento do acordo de patrocínio com a ROKit. A equipa inglesa fica portanto à espera de um acionista majoritário no futuro, e devido à delicada situação financeira, esta construtora, que já conta com nove títulos mundiais na sua história, lançou uma estratégia de mercado que abre as portas para a venda.
Agora passemos às minhas previsões. Nesta era híbrida, a Mercedes tem dominado com clara diferença face aos seus adversários, e neste ano não seria diferente. Contudo, como estamos perante um ano atípico, pela primeira vez, é provável que a equipa germânica não consiga demonstrar o seu favoritismo com clara diferença. Colocando de parte os resultados da pré-temporada realizada em Barcelona, que por serem minimamente enigmáticos, podem não ser indicadores fidedignos do que se vai passar na temporada. Logo, e com base nos resultados das provas europeias do ano passado, acredito que a Ferrari e a Red Bull podem criar um maior atrito com a equipa alemã. Afirmo isto por várias razões. Em primeiro lugar, os dois últimos grandes prémios realizados na Áustria foram ganhos por Max Verstappen, e no último, a equipa italiana arrecadou mais pontos do que a equipa de Toto Wolf. Portanto, aposto que o vencedor de ambas as corridas na Áustria, vai oscilar entre Charles Leclerc e o piloto holandês. A corrida na Hungria e no Reino Unido muito provavelmente serão destinadas a Lewis Hamilton, que já conta com um total de 13 vitórias no conjunto dos dois trajetos. Numa segunda instância, Bélgica e Itália são grandes prémios onde a Ferrari parte com alguma vantagem. Logo assim, e numa situação normal em que os pilotos favoritos não tenham nenhum acidente, poderemos ter uma tabela classificativa com pequenas diferenças pontuais entre os mesmos. No fundo, continua a ser muito provável que Lewis Hamilton iguale Schumacher no número de títulos de pilotos, mas ao fazê-lo este ano, será em condições mais árduas.
Na última publicação abordei as principais transferências de pilotos, e o lugar vago da Renault para 2021 continua por preencher. Novos rumores colocam Sebastian Vettel na Mercedes, e Fernando Alonso como colega de Esteban Ocon. Todavia, Valtteri Bottas veio a público dizer que foi informado que não estão a considerar o piloto alemão para a próxima época. Tudo isto encontra-se na esfera do abstrato, e só o tempo dirá quais serão as movimentações de mercado oficiais.
Certamente que todos os fãs de Fórmula 1 aguardam ansiosamente pelo início do campeonato marcado para domingo. E como já transmiti previamente, irei analisar cada corrida, com a análise publicada na segunda-feira posterior a cada corrida. Portanto, aguardem pelas minhas análises.
Diogo Ribeiro
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