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"Enola Holmes": Um início prometedor e um fim devastador



Atenção! O texto que se segue tem spoilers!


Depois de ter analisado trailer de "Enola Holmes", chegou a vez de analisar o filme da Netflix que tem como estrelas Millie Bobby Brown, Henry Cavill, Sam Caflin e Helena Bohnam Carter. Recorde-se que pode ler a análise completa aqui. "Enola Holmes" é o novo filme da Netflifx que conta com grandes nomes como Henry Cavill e Helena Bonham Carter, mas que os regala para um papel secundário em detrimento de jovens estrelas como Millie Bobby Brown e Louis Partdrige.


Primeiramente, tenho de reafirmar que (tal como já disse na análise ao trailer deste filme) o que me deu vontade de ver este filme, foi o simples facto de achar interessante finalmente ver uma obra sobre a histórica personagem Sherlock Holmes (desta vez interpretado por Henry Cavill), em que o mesmo é regalado para um papel secundário. Todavia, este filme realizado por Harry Bradbeer, a meu ver, ficou aquém do esperado, apesar de um início forte e cativante com várias decisões técnicas interessantes e que cativam e prendem o espectador ao ecrã, tal como é o caso da comunicação direta da personagem principal para com a câmara e, consequentemente, o espectador.


O filme roda à volta de dois mistérios: o desaparecimento de Eudoria Holmes, mãe de Mycroft, Sherlock e Enola, que é o grande motivo para o desenvolvimento deste filme, e quem quer matar Lord Tewkesbury, influenciando o resultado da votação na Câmara dos Lordes. Na minha opinião, este é o grande problema do filme. Na tentativa de garantir um toque de romantismo, o "Enola Holmes" perde um bocado do brilho inicial. Digo isto porque todo o mistério do desaparecimento de Eudoria e toda a investigação de Enola é incrível e está muito cativamente. No entanto, Harry Bradbeer decide largar esse mistério inicial para pegar no mistério do Lorde Tewkesbury, oferecendo um certo nível de romantismo à personagem de Enola. A meu ver, isto é uma má decisão porque todo o filme transmite a ideia de Enola ser uma rapariga independente, que não precisa de nenhum rapaz ao lado dela para conseguir o que quer e, a meio do filme, temos uma viragem muito agressiva só para tentar passar a ideia ao espectador que Enola precisa de alguém com ela. Para além disso, também gostei da reta final do filme, onde, depois de resolver o mistério de Tewkesbury, Enola (do nada) encontra a mãe. Ou melhor, a mãe encontra Enola. Do nada, sem aviso prévio, Harry Bradbeer volta a pegar no mistério inicial ao qual dá uma resposta apressada, isto depois de destruir parte da essência da personagem principal.


A meu ver, este filme cai num mero 6/10. É um filme interessante e engraçado com uma personagem principal muito cativante e rodeada de atores magníficos que aumentam o interesse em ver o filme. No entanto, esses grandes nomes são pouco explorados e só lá para garantir que o filme vende. A essência de Enola é esquecida a meio do filme, assim como o próprio propósito para a criação do filme. Para além disso, a reta final do filme é algo que deixa muito a desejar. A meu ver, "Enola Holmes" é um pouco como "Game Of Thrones". Início incrível, muito bem detalhado e cativante, mas quanto mais próximo do fim, pior se torna.


Fábio Moreira


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